A vivência dos aspectos estéticos, expressivos e intersubjetivos na docência
Palavras-chave:
Intersubjetividade, Docência, Formação de ProfessoresResumo
Objetivo: Compreender como os aspectos citados são vivenciados por professores no intuito de auxiliar nas reflexões e discussões sobre a formação de professores.
Originalidade/valor: O estudo evidenciou que a especificidade da profissão docente requer saberes norteadores da sua ação e, dessa forma, necessita-se do entendimento de que educar não é somente transmitir conteúdos para a reprodução, mas considerar que a formação humana requer a vivência dos aspectos estéticos, expressivos e intersubjetivos na ação pedagógica.
Método: Utilizou-se a hermenêutica afetiva de Andrés Ortiz-Osés, hermeneuta latino que busca nas categorias de interpretação, linguagem, sentido, simbolismo e afetividade para caracterizar a referida abordagem. Essas categorias foram consideradas na escuta de quatro professores universitários – nomeados A, B, C e D.
Resultados: De acordo com as narrativas dos docentes entrevistados, percebemos que existem dificuldades na vivência dos aspectos estéticos, expressivos e intersubjetivos. Esses impasses acontecem em consequência de variantes diversas, seja pela falta de formação pedagógica dos professores, pela compreensão equivocada da fragmentação do ensino, do curso e em consequência do currículo, e ainda, pela formatação da estrutura dos cursos no que diz respeito a salas com numerosos alunos, tempos das aulas e ensino conteudista.
Conclusão: Constatou-se que os impasses acerca das dificuldades se expressam na contrariedade em (re)significar o olhar para a própria profissão, pois os docentes se veem como sujeitos dotados de razão, culminando no extremo desse entendimento, ou seja, nos racionalismos e fragmentações negacionistas da humanidade nas relações.
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