ANÁLISE DE UM CURSO HÍBRIDO PREPARATÓRIO PARA A OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA

Autores

  • Leandro Donizete Moraes
  • Ismar Frango Silva

DOI:

https://doi.org/10.19141/docentdiscunt.v1.n2.p54-73

Palavras-chave:

educação em astronomia, educação não formal, tecnologias da informação e comunicação

Resumo

Este artigo tem o objetivo de apresentar e analisar um curso preparatório para a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, em que participaram doze alunos de uma escola pública de Minas Gerais. As atividades foram realizadas em aulas presenciais e também online. Como recursos foram usados formulários, testes, site do curso, atividades práticas e online, softwares, aplicativos e observações do céu. Como referencial teórico, foram utilizados os Três Momentos Pedagógicos à luz de Delizoicov e Angotti. Dentre os resultados, observou-se que o uso de um site com os conteúdos estudados permitiu aos alunos revisarem os conceitos abordados e aprofundarem seus conhecimentos sobre Astronomia e Astronáutica. Além disso, o software Stellarium e o aplicativo SkyMap apresentaram maneiras diferentes para a observação do céu e notou-se que os alunos mudaram suas concepções sobre fenômenos como as estações do ano. Estes e outros resultados demonstram as potencialidades do uso de recursos tecnológicos como mediadores entre o ensino e a aprendizagem e também realçam a importância da conciliação entre a tecnologia e as atividades tradicionais de ensino de Astronomia, como a observação do céu a olho nu, por exemplo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANGOTTI, J. Solução alternativa para a formação de professores de ciências: um projeto educacional desenvolvido na Guine-Bissau. 1982. Dissertação (Mestrado em Educação e Ensino em Física) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1982.

BARAI, A.; NETO, J.; GARRIDO, D.; ITYANAGUI, G.; NAVI, M. Astronomia nos anos iniciais do Ensino Fundamental: uma parceria entre universidade e escola. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 33, n. 3, 2016, p. 1009-1025.

BISCH, S. Astronomia no Ensino fundamental: natureza e conteúdo do conhecimento de estudantes e professores. 1998. Tese (Doutorado em Educação em Astronomia) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998.

BRETONES, P.; COMPIANI, M. A observação do céu como ponto de partida e eixo central em um curso de formação continuada de professores. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, v. 12, n. 2, 2010, p. 173-188.

CAMINO, N. Ideias anteriores e mudança conceitual em astronomia: Um estudo com professores primários sobre o dia e a noite, as estações e as fases da lua. Ensino de ciências: revista de investigação e experiências didáticas, v. 13, n. 1, 1995, p. 81-96.

CANALLE, J.; ROCHA, J.; SOUZA, C.; ORTIZ, R.; AGUILERA, N.; PADILHA, M.; PESSOA FILHO, J.; RODRIGUES, I. VIII Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. Bulletin of the Astronomical Society of Brazil, v. 26, n. 2, 2007, p. 31-68.

CANIATO, R. Um projeto brasileiro para o ensino de física. 1973. Tese (Doutorado em Educação em Astronomia) – Universidade Estadual de São Paulo Júlio Mesquita, Rio Claro, 1974.DARROZ, L. M.; SANTOS, F. M. T. Astronomia: uma proposta para promover a aprendizagem significativa de conceitos básicos de Astronomia na formação de professores em nível médio. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 30, n. 1, 2013, p. 104-130.

DELIZOICOV, D. Concepção problematizadora do ensino de ciências na educação formal: relato e análise de uma prática educacional na Guiné Bissau. 1982. 1982. Tese ( Doutorado em Estudo e Ensino de Física) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1982.

____________. Conhecimento, tensões e transições. 1991. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1991.

DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A.; PERNAMBUCO, M. M. C. A. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.

FELICETTI, S. A.; ISABEL, I. C. M. L.; OHSE, M. L. Aprendizagem de conceitos de astronomia no ensino fundamental: uma oficina didática em preparação para a OBA. Góndola, Enseñanza y Aprendizaje de las Ciencias, v. 12, n. 2, 2017, p. 32-49.

FERREIRA, O. CTS-ASTRO: Astronomia no enfoque da Ciência, Tecnologia e Sociedade e Estudo de Caso em Educação a Distância. 2014. Dissertação (Mestrado em Educação em Astronomia) – Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, 2014.

FREIRE, P. Extensão ou comunicação? 6ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra SA, 1975.

GASPAR, A. A educação formal e a educação informal em ciências. In: MASSARANI, L.; MOREIRA, I.; BRITO, F. (Orgs.). Ciência e Público. Rio de Janeiro: Casa da Ciência, 2002.

GOHN, M. Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, v. 14, n. 50, 2006, p. 27-38.

IACHEL, G. O conhecimento prévio de alunos do ensino médio sobre as estrelas. Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia, n. 12, 2011, p. 7-29.

KENSKI, V. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas: Papirus Editora, 2007.

LANGHI, R.; NARDI, R. Educação em Astronomia: repensando a formação de professores. São Paulo: Escritoras editoras, 2012.

LANGHI, R.; NARDI, R. Ensino de Astronomia: Erros conceituais mais comuns presente em livros didáticos de ciência. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 24, n. 1, 2007, p. 87-111.

LANGHI, R.; NARDI, R. Ensino da astronomia no Brasil: educação formal, informal, não formal e divulgação científica. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 31, n. 4, 2009, p. 4402-4412.

LEITE, C.; HOSOUME, Y. Os professores de ciências e suas formas de pensar a astronomia. Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia, n. 4, 2007, p. 47-68.

LONGHINI, M. D. Educação em astronomia: experiências e contribuições para a prática pedagógica. Campinas: Átomo, 2010.

MARANDINO, M. (Org.). Educação em museus: a mediação em foco. São Paulo: Geenf/FEUSP, 2008. Disponível em: https://bit.ly/2L8M4oM. Acesso em: 31 dez. 2020.

MARQUES, J. Educação não-formal e divulgação de astronomia no Brasil: atores e dinâmica da área na perspectiva da Complexidade. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2017.

RAVOTTO, P.; BELLINI, R. Quali competenze digitali per insegnare al tempo del web 2.0.. Disponível em: https://bit.ly/381k3bB. Acesso em: 10 nov. 2020.

RODRIGUES, M. A. Os planetas do sistema solar em livros didáticos de ciências da quinta série do ensino fundamental. Experiências em ensino de Ciências, v. 2, n. 2, 2007, p. 1-10.

SÁ, K. A olimpiada brasileira de física em Goiás enquanto ferramenta para a alfabetização científica: tradução de uma educação não formal. 2009. Dissertação (Mestrado em Linguística, Letras e Artes) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2009.

SIEMSEN, G.; LORENZETTI, L. A Astronomia ao longo das três versões da Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Fundamental. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 12. Anais... Natal, 2019.

SOBREIRA, P. H. A. Astronomia no ensino de Geografia: análise crítica nos livros didáticos de Geografia. 2002. Tese (Doutorado em Educação em Astronomia) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

TIGNANELLI, H. Sobre o ensino da astronomia no ensino fundamental. In: WEISSMANN, H. (Org.). Didática das ciências naturais: contribuições e reflexões. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Downloads

Publicado

2021-02-24

Como Citar

MORAES, L. D.; SILVA, I. F. ANÁLISE DE UM CURSO HÍBRIDO PREPARATÓRIO PARA A OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA. Docent Discunt, Engenheiro coelho (SP), v. 1, n. 2, p. 54–73, 2021. DOI: 10.19141/docentdiscunt.v1.n2.p54-73. Disponível em: https://revistas.unasp.edu.br/rdd/article/view/1358. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos