A concepção de Tempo nos Escritos de Cullmann e Canale: semelhanças, diferenças e complementações
DOI:
https://doi.org/10.19141/1809-2454.kerygma.v18.n1.pe1620Palavras-chave:
Cullmann, Canale, temporalidade, história da salvação, santuárioResumo
Desde o segundo século da igreja cristã primitiva, estudiosos cristãos têm concebido o plano da salvação sob o ponto de vista da atemporalidade divina. Ao longo da história da igreja perpetuou-se os dogmas da imutabilidade e impassibilidade. Entretanto, voltando à exegese bíblica neotestamentária, em 1946 Oscar Cullmann, teólogo luterano, defendeu a temporalidade. Na teologia Adventista do Sétimo Dia, em 1983 Fernando Canale defendeu sua tese na área da teologia sistemática sobre a temporalidade de Deus. O objetivo dessa pesquisa é comparar os escritos de Cullmann e de Canale a respeito da temporalidade, verificando as respectivas semelhanças e complementações. Esse estudo utiliza o método histórico-bibliográfico como ferramenta de pesquisa. A pesquisa conclui que enquanto Cullmann desenvolveu o tema da temporalidade sob a óptica do ministério terrestre de Cristo, Canale o fez sob o prisma do ministério celestial. Se por um lado Cullmann escreveu com interesse na linha da história da salvação, Canale contribuiu na relação do santuário celestial com o plano da salvação. Ambos contribuíram na reedificação do pensamento bíblico-histórico-temporal.
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