Profecias e práticas divinatórias na antiguidade: um estudo comparativo introdutório para distinguir as práticas legítimas das falsas de acordo com as Escrituras Hebraicas
DOI:
https://doi.org/10.19141/1809-2454.kerygma.v19.n1.pe1671Palavras-chave:
Profecias, Profetas Verdadeiros, Adivinhadores, HepatoscopiaResumo
As profecias tiveram um papel central na história bíblica, orientando espiritualmente e politicamente as nações, especialmente Israel. Este artigo investiga a diferença entre verdadeiros profetas e grupos como adivinhadores e falsos profetas, analisando práticas do Oriente Próximo, como hepatoscopia e presságios. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa, comparando métodos e propósitos proféticos a partir de fontes bíblicas e arqueológicas. Os resultados indicam que a profecia bíblica se distingue por sua fidelidade a Deus, sem depender de técnicas divinatórias, enquanto os falsos profetas buscavam agradar a elite política. Conclui-se que os profetas verdadeiros frequentemente desafiavam estruturas de poder, reafirmando sua função como mediadores entre Deus e o povo. O estudo contribui para a compreensão das práticas espirituais na antiguidade e da singularidade da tradição profética bíblica.
Downloads
Referências
BOSCHUNG, D. Kairos as a figuration of time: a case study. Paderborn: Wilhelm Fink, 2013.
COGAN, M. A new cuneiform text from Megiddo. Israel Exploration Journal, v. 63, n. 2, p. 131-134, 2013.
COHEN, C. Right and left. In: SKOLNIK, Fred (ed.). Encyclopaedia judaica. 2. ed Farmington Hills: Macmillan Reference USA, 2007. v. 17. p. 301-302.
GREENBERG, M. Nebuchadnezzar and the Parting of the Ways: Ezek. 21:26-27. In: COGAN, M.; EPH'AL, I. (ed.). Ah, Assyria…: Studies in Assyrian history and Ancient Near Eastern historiography presented to Hayim Tadmor. Jerusalem: Magnes, 1993. p. 267-271.
HAMORI, E. The prophet and the necromancer: women’s divination for kings. Journal of Biblical Literature, v. 132, n. 4, p. 827-843, 2013.
HESS, R. Israelite religion: an archaeological and biblical survey. Grand Rapids, MI: Baker Academic, 2007.
HOROWITZ, W.; OSHIMA, T.; WINITZER, A.. Hazor 17: another clay liver model. Israel Exploration Journal, v. 60, n. 2, p. 129-132, 2010.
JEFFERS, A. Magic and divination in ancient Palestine and Syria. Leiden: Brill, 1996. (Studies in the History of the Ancient Near East, v. 8).
KALTNER, J.; STULMAN, Louis. Inspired speech: prophecy in the ancient Near East essays in honor of Herbert B. Huffmon. New York: T&T Clark, 2004.
KOCH-WESTENHOLZ, U. Babylonian liver omens. Copenhagen: Museum Tusculanum Press, 2000.
KRUGER, P. A world turned on its head in ancient Near Eastern prophetic literature: a powerful strategy to depict chaotic scenarios. Vetus Testamentum, v. 62, n. 1, p. 58-76, 2012.
LEÃO, D.; FRAZIER, F. Tychè et Pronoia: la marche du monde selon Plutarque. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2010. Disponível em: http://dx.doi.org/10.14195/978-989-8281-53-1. Acesso em: 09 set. 2024.
MARTINS, A.; MARTINS, C. History of liver anatomy: Mesopotamian liver clay models. Hepato Pancreato Biliary, v. 15, n. 4, p. 322-323, 2013.
NISSINEN, M.; SEOW, C. L.; RITNER, R. K.; MELCHERT, H. C. Prophets and prophecy in the ancient Near East. 2. ed. Atlanta: Society of Biblical Literature, 2019. (Writings from the Ancient World, n. 12).
PRICE, H. Some philosophical questions about telepathy and clairvoyance. Philosophy, v. 15, n. 60, p. 363-385, 1940.
SANDERS, S. Why prophecy became a biblical genre. First Isaiah as an instance of Ancient Near Eastern text-building. Hebrew Bible and Ancient Israel, v. 6, n. 1, p. 26-52, 2017.
SCHNEIDER, M. Reviewed Work: Ancient Israelite Religion Susan Niditch. Review of Religious Research, v. 40, n. 1, p. 92-93, 1998.
STRUCK, P. 2013 Arthur O. Lovejoy lecture: a cognitive history of divination in Ancient Greece. Journal of the History of Ideas, v. 77, n. 1, p. 1-25, 2016.
SWEENEY, M. The distinctive roles of the prophets in the Deuteronomistic history and the Chronicler’s history. In: KELLE, Brad; STRAWN, Brent (ed.). The Oxford Handbook of the historical books of the Hebrew Bible. New York: Oxford University Press, 2020. p. 201-213.
VILLIERS, G. The origin of prophetism in the Ancient Near East. HTS Teologiese Studies/Theological Studies, v. 66, n. 1, p. 1-6, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.4102/hts.v66i1.795. Acesso em: 16 set. 2024.
WINITZER, A. Writing and mesopotamian divination: the case of alternative interpretation. Journal of Cuneiform Studies, v. 63, p. 77-94, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Kerygma

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Kerygma devem concordar com os seguintes termos:
- Uma vez aceitos para a publicação, os direitos autorais dos artigos são automaticamente transferidos à Kerygma.
- Todo material utilizado no texto que possua direitos autorais de terceiros devem estar devidamente referenciados.
- Os autores também devem deter os direitos de reprodução das imagens e tabelas em seu material, caso seja necessário.
- Os autores garantem que o texto submetido é de sua inteira autoria e não foi submetido e/ou publicado em nenhum outro local.
- As opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião da Kerygma;
- É reservado aos editores o direito de proceder a ajustes textuais e de adequação às normas da publicação.
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. Essa licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalhopara fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.
- Os autores concordam com a reprodução livre de seu material pela Kerygma, que poderá adaptar, modificar, condensar, resumir, reduzir, compilar, ampliar, alterar, mixar com outros conteúdos, incluir imagens, gráficos, objetos digitais, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fracionar, atualizar, traduzir e realizar quaisquer outras transformações, sendo necessária a participação ou autorização expressa dos autores.
- Os autores concordam que a Kerygma pode distribuir os artigos mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permite acesso ao usuário em tempo e lugar determinados, seja por vias gratuitas ou por sistemas que importem pagamento. A Kerygma poderá ainda incluir o trabalho em banco de dados, físico ou virtual, arquivar em formato impresso, armazenar em computador, em sistema de nuvem, microfilmar e demais formas de arquivamento atuais ou que ainda possam ser desenvolvidas, com ou sem fins lucrativos.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento na nova publicação que o artigo foi publicado originalmente nesta revista.
- A Kerygma é detentora dos direitos de todos os trabalhos publicados por ela. A reprodução integral desses textos em outras publicações, para qualquer outra finalidade, por quaisquer meios, requer autorização por escrito do editor. O mesmo serve para reproduções parciais, como resumo, abstract, porções com mais de 500 palavras do texto, tabelas, figuras, ilustrações etc.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (veja “The effect of open access and downloads ('hits') on citation impact: a bibliography of studies”).