Sentados no Banco da Vida: Comportamento Sedentário na Terceira Idade
PDF

Palavras-chave

Comportamento sedentário
assistência ambulatorial
Idoso
Epidemiologia

Como Citar

Gonçalves dos Santos, M., Silva Guerra, H., Ribeiro Silva, M., Alves dos Santos, M. V., & de Sousa Nunes Vieira, M. (2025). Sentados no Banco da Vida: Comportamento Sedentário na Terceira Idade. Journal of Interdisciplinary Lifestyle Studies, 13(1), e2035. https://doi.org/10.19141/2237-3756.lifestyle.v13.n00.pe2035
Share |

Resumo

O comportamento sedentário (CS) emergiu como importante fator de risco à saúde e afetou, sobretudo, a população idosa. A prática de atividade física e a prevenção do CS são importantes para o envelhecimento saudável, com benefícios relacionados à mitigação da incapacidade e mortalidade. Objetivo: Este estudo teve como objetivo determinar a prevalência do comportamento sedentário em idosos acompanhados em um serviço ambulatorial, bem como seus fatores associados. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, onde foram questionadas informações sociodemográficas, laborais e variáveis comportamentais e de saúde. Foram realizadas as análises descritivas, com apresentação das frequências absolutas e relativas das variáveis categóricas; análise bivariada por meio do teste qui-quadrado Pearson e regressão de Poisson com variância robusta para estimar as razões de prevalência e respectivos intervalos de confiança de 95%. Os valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos para todas as análises. Resultados: Participaram 138 idosos, sendo 76,8%, mulheres. A prevalência de alto CS foi 71,0%, a maioria dos idosos tinham baixa escolaridade e baixa renda familiar. Além disso, 35,5% dos idosos apresentaram rastreio positivo para depressão. O alto CS foi identificado em 62,3% dos que praticavam atividade física e em 75% dos idosos com sobrepeso. Não houve diferença significativa entre o CS e as variáveis sociodemográficas e comportamentais. Conclusão: A elevada quantidade de CS e suas implicações justificam a necessidade de estratégias para redução deste comportamento e promoção da prática de atividade física entre a população idosa.

https://doi.org/10.19141/2237-3756.lifestyle.v13.n00.pe2035
PDF

Referências

Alcantara, L. M., Silva, M. L., Silva, T. R. J., Santos, D. A. T., & Santos, R. G. (2024).

Relationship between sedentary behavior in the elderly and its possible association with falls and functional mobility: A systematic review. Arquivos de Ciência do Esporte, 12(1), 1–14. https://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/aces/article/view/7859

Amagasa, S., Inoue, S., Shibata, A., Ishii, K., Kurosawa, S., Owen, N., & Oka, K. (2022).

Differences in accelerometer-measured physical activity and sedentary behavior between middle-aged men and women in Japan: A compositional data analysis. Journal of Physical Activity and Health, 19(7), 500–508. https://doi.org/10.1123/jpah.2022-0098

Atkin, A. J., Gorely, T., Clemes, S. A., Yates, T., Edwardson, C., Brage, S., et al. (2012).

Methods of measurement in epidemiology: Sedentary behaviour. International Journal of Epidemiology, 41, 1460–1471. https://doi.org/10.1093/ije/dys118

Azizi, A., Sepahvandi, M. A., Peyda, N., & Mohamadi, J. (2016).

Effective approach to the study of aging: Grounded theory study. Iranian Journal of Ageing, 10(4), 88–101. http://salmandj.uswr.ac.ir/article-1-935-en.html

Benedetti, T. R. B., Antunes, P. C., Rodriguez-Añez, C. R., et al. (2007).

Reprodutibilidade e validade do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) em homens idosos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 13(1), 11–16. https://doi.org/10.1590/S1517-86922007000100004

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. (2008). Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN na assistência à saúde. Ministério da Saúde.

Brito, V. C. A., Bello-Corassa, R., Stopa, S. R., Sardinha, L. M. V., Dahl, C. M., & Viana, M. C. (2022). Prevalence of self-reported depression in Brazil: National Health Survey 2019 and 2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 31(Spe1), e2021384. https://doi.org/10.1590/SS2237-9622202200006.especial

Bullock, V. E., Griffiths, P., Sherar, L. B., & Clemes, S. A. (2017).

Sitting time and obesity in a sample of adults from Europe and the USA. Annals of Human Biology, 44(3), 230–236. https://doi.org/10.1080/03014460.2016.1232749

Cândido, L. M., Wagner, K. J. P., Costa, M. E., Pavesi, E., Avelar, N. C. P., & Danielewicz, A. L. (2022). Sedentary behavior and association with multimorbidity and patterns of multimorbidity in elderly Brazilians: Data from the Brazilian National Health Survey, 2019. Cadernos de Saúde Pública, 38(1), e00128221. https://doi.org/10.1590/0102-311X00128221

Chen, T., Narazaki, K., Haeuchi, Y., Chen, S., Honda, T., & Kumagai, S. (2016).

Associations of sedentary time and breaks in sedentary time with disability in instrumental activities of daily living in community-dwelling older adults. Journal of Physical Activity and Health, 13(3), 303–309. https://doi.org/10.1123/jpah.2015-0090

Christensen, K., Doblhammer, G., Rau, R., & Vaupel, J. W. (2009).

Aging populations: the challenges ahead. Lancet, 374, 1196–1208. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(09)61460-4

Compernolle, S., Cerin, E., Barnett, A., Zhang, C. J. P., Van Cauwenberg, J., & Van Dyck, D. (2022). The role of socio-demographic factors and physical functioning in the intra- and interpersonal variability of older adults’ sedentary time: An observational two-country study. BMC Geriatrics, 22(1), 495. https://doi.org/10.1186/s12877-022-03186-1

De Oliveira, G. L., Sobrinho, A. C. S., Benjamim, C. J. R., Rodrigues, G. S., Rodrigues, K. P., Fernandes, C. H., et al. (2023). Physical training improves physical activity levels but is associated with amplification of sedentary behavior in older women. Frontiers in Public Health, 11, 1180901. https://doi.org/10.3389/fpubh.2023.1180901

Dunlop, D. D., Song, J., & Arnston, E. K. (2015). Sedentary time in US older adults associated with disability in activities of daily living independent of physical activity. Journal of Physical Activity and Health, 12(1), 93–101. https://doi.org/10.1123/jpah.2013-0311

Ericsson, M., Nääs, S., Berginström, N., Nordström, P., Hansson, P., & Nordström, A. (2020). Sedentary behavior as a potential risk factor for depression among 70-year-olds. Journal of Affective Disorders, 263, 605–608. https://doi.org/10.1016/j.jad.2019.11.035

Hasse, J. A., Zeni, F., Wathier, C. A., & Balbé, G. P. (2021). Comportamento sedentário, características sociodemográficas, condições de saúde e atividade física de lazer em idosos. Revista Brasileira de Ciências do Movimento, 29(4). https://doi.org/10.31501/rbcm.v29i4.12071

Horacio, P. R., Avelar, N. C. P., & Danielewicz, A. L. (2021). Comportamento sedentário e declínio cognitivo em idosos comunitários. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, 26, 1–8. https://doi.org/10.12820/rbafs.26e0190

Keadle, S. K., Conroy, D. E., Buman, M. P., Dunstan, D. W., & Matthews, C. E. (2017). Targeting reductions in sitting time to increase physical activity and improve health. Medicine and Science in Sports and Exercise, 49, 1572–1582. https://doi.org/10.1249/MSS.0000000000001257

Kehler, D. S., Clara, I., Hiebert, B., Stammers, A. N., Hay, J. L., Schultz, A., et al. (2020). Sex differences in relation to the association between patterns of physical activity and sedentary behavior with frailty. Archives of Gerontology and Geriatrics, 87, 103972. https://doi.org/10.1016/j.archger.2019.103972

Li, Q., Zhao, Z., Yang, C., Chen, Z., & Yin, W. (2024). Sedentary behavior and risk of depression in older adults: A systematic meta-analysis. Iranian Journal of Public Health, 53(2), 293–304. https://doi.org/10.18502/ijph.v53i2.14914

Liang, Z. D., Zhang, M., Wang, C. Z., Yuan, Y., & Liang, J. H. (2022). Association between sedentary behavior, physical activity, and cardiovascular disease-related outcomes in adults: A meta-analysis and systematic review. Frontiers in Public Health, 10, 1018460. https://doi.org/10.3389/fpubh.2022.1018460

Lopes, E. C., Cândido, L. M., Avelar, N. P. C., & Danielewicz, A. L. (2022). Sedentary behavior and its association with functional disability in the older adults. Acta Fisiátrica, 29(2), 104–111. https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v29i2a193151

Malta, D. C., Szwarcwald, C. L., Barros, M. B. A., Gomes, C. S., Machado, I. E., Souza Júnior, P. R. B., et al. (2020). A pandemia da COVID-19 e as mudanças no estilo de vida dos brasileiros adultos: Um estudo transversal, 2020. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 29, e2020407. http://dx.doi.org/10.1590/s1679-49742020000400026.

Ng, L. P., Koh, Y. L. E., & Tan, N. C. (2020). Physical activity and sedentary behaviour of ambulatory older adults in a developed Asian community: A cross-sectional study. Singapore Medical Journal, 61(5), 266–271. https://doi.org/10.11622/smedj.2020022

Oliveira, D. V., Da Silva, T. P. S., Scherer, F. C., et al. (2019). O tipo de exercício físico interfere na frequência da prática de atividade física, comportamento sedentário, composição corporal e estado nutricional do idoso? Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, 13(77), 3–16. https://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/1211

Oliveira-Figueiredo, D. S. T., Silva, M. P. G. P. C., Feitosa, P. Y. O., & Miranda, A. P. M. (2023). Fatores associados à elevada exposição ao comportamento sedentário em pessoas idosas: Uma análise com dados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2019. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 26, e230056. https://doi.org/10.1590/1981-22562023026.230056.pt

Pillatt, A. P., Nielsson, J., & Schneider, R. H. (2019). Efeitos do exercício físico em idosos fragilizados: Uma revisão sistemática. Fisioterapia em Pesquisa, 26(2), 210–217. https://doi.org/10.1590/1809-2950/18004826022019

Qian, X. X., Chau, P. H., Kwan, C. W., Lou, V., Leung, A., Ho, M., et al. (2021). Investigating risk factors for falls among community-dwelling older adults according to WHO’s risk factor model for falls. Journal of Nutrition, Health and Aging, 25, 425–432. https://doi.org/10.1007/s12603-020-1539-5

Raichlen, D. A., Aslan, D. H., Sayre, M. K., Bharadwaj, P. K., Ally, M., Maltagliati, S., et al. (2023). Sedentary behavior and incident dementia among older adults. JAMA, 330(10), 934–940. https://doi.org/10.1001/jama.2023.15231

Rocha, B. M. C., Goldbaum, M., César, C. L. G., & Stopa, S. R. (2019). Sedentary behavior in the city of São Paulo, Brazil: ISA-Capital 2015. Revista Brasileira de Epidemiologia, 22(11), e190050. https://doi.org/10.1590/1980-549720190050

Schmid, D., Ricci, C., & Leitzmann, M. F. (2015). Associations of objectively assessed physical activity and sedentary time with all-cause mortality in US adults: The NHANES study. PLoS One, 10(3), e0119591. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0119591

Sepúlveda-Loyola, W., Rodríguez-Sánchez, I., Pérez-Rodríguez, P., Ganz, F., Torralba, R., Oliveira, D. V., et al. (2020). Impact of social isolation due to COVID-19 on health in older people: Mental and physical effects and recommendations. Journal of Nutrition, Health and Aging, 24, 938–947. https://doi.org/10.1007/s12603-020-1469-2

Sheikh, J. I., & Yesavage, J. A. (1986). Geriatric Depression Scale (GDS): Recent evidence and development of a shorter version. Clinical Gerontologist, 5(1–2), 165–173. https://doi.org/10.1300/J018v05n01_09

Silveira, E. A., Mendonça, C. R., Delpino, C. R., Souza, G. V. E., Rosa, L. P. S., Oliveira, C., et al. (2022). Sedentary behavior, physical inactivity, abdominal obesity and obesity in adults and older adults: A systematic review and meta-analysis. Clinical Nutrition Espen, 50(1), 63–73. https://doi.org/10.1016/j.clnesp.2022.06.001

Song, J., Lindquist, L. A., & Chang, R. W. (2015). Sedentary behavior as a risk factor for physical frailty independent of moderate activity: Results from the Osteoarthritis Initiative. American Journal of Public Health, 105(7), 1439–1445. https://doi.org/10.2105/AJPH.2014.302540

Sposito, L. A. C., Nakamura, P. M., & Higa, C. L. (2019). Comportamento sedentário: Associação com qualidade de vida e variáveis da composição corporal de idosas ativas. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 33(3), 391–399. https://doi.org/10.11606/1807-5509201900030391

Tremblay, M. S., Aubert, S., & Barnes, J. D. (2017). Sedentary Behavior Research Network (SBRN) – terminology consensus project process and outcome. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, 14(1), 1–17. https://doi.org/10.1186/s12966-017-0525-8

United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division. (2019). World population prospects 2019: Highlights. United Nations.

Virtuoso Júnior, J. S., Tribess, S., Rocha, S. V., Sasaki, J. E., Garcia, C. A., Meneguci, J., et al. (2018). Sedentary behavior as a predictor of functional disability in older adults. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 23, 1–7. https://doi.org/10.12820/rbafs.23e0010

World Health Organization. (2020). WHO guidelines on physical activity and sedentary behaviour: At a glance. World Health Organization.

Zhu, W., et al. (2020). Is adiposity associated with objectively measured physical activity and sedentary behaviors in older adults? BMC Geriatrics, 20(1), 257. https://doi.org/10.1186/s12877-020-01664-y

Downloads

Não há dados estatísticos.